Quero agradecer toda equipe Da Janela!
Nunca imaginava poder contar com profissionais de tamanha qualidade, e tão envolvidos para que o trabalho fique bom!
Ficará! Nós merecemos!
Desde o principio, me sentia guiada por sinais, que me estimulavam a prosseguir e apresentar esse tema tão delicado, através da sensibilidade da arte.
Em 2002, me foi revelado um “trauma”, (um estupro sofrido por uma garota em S J dos Pinhais – PR), depois já quando escrevia o roteiro, presenciei no trânsito a cem metros da minha casa, uma mulher sendo empurrada para dentro de um carro, (marido inconformado com separação tenta levar mulher a força de volta para casa). O projeto foi aprovado em 2005, porem a verba ainda demorou 3 anos para chegar, tempo suficiente para que eu mesma pudesse experimentar a violência conjugal psicológica, uma das mais injustas, pois não deixa marcas visíveis. E para finalizar, no dia mais delicado de gravação, surge um depoimento de uma assistente social, espectadora do páthos trágico de uma mulher mutilada pelo seu “marido”. Quer mais!
Na antiga Grécia, as tragédias mostravam que nenhuma cidade pode proteger o mortal contra a morte que nele habita.
“No substantivo páthos, no infinitivo pãnthein, é o padecer que se anuncia como condição mortal (...) Páthos é o que sofre, o sofrimento, mas também a experiência que, para os humanos se adquire somente na dor (...) é por ter sofrido que se compreende mas, tarde demais, se é verdade que a revelação só ocorre no fundo do desastre”. (LORAUX, 1992, P. 27) E começamos a nos perguntar, quem tira proveito do páthos trágico?
O espectador talvez!
É com este olhar e com esta preocupação que penso na arte como forma de exposição do páthos, recortando e emoldurando o que a sociedade tem recebido banalmente pelos noticiários.
Agradeço a imensa contribuição de todos! Somos a Equipe Da Janela, na busca de apresentar ao espectador uma forma sensível e cuidadosa desta triste realidade.
Será maravilhoso assistirmos a finalização desta “arte relacional” que juntou diversas pessoas, cada qual com sua participação, compondo uma narrativa dolorosa, porem poética.
Adorei trabalhar com todos vocês, não vamos nos perder, por favor!
Giovana Zimermann
Nunca imaginava poder contar com profissionais de tamanha qualidade, e tão envolvidos para que o trabalho fique bom!
Ficará! Nós merecemos!
Desde o principio, me sentia guiada por sinais, que me estimulavam a prosseguir e apresentar esse tema tão delicado, através da sensibilidade da arte.
Em 2002, me foi revelado um “trauma”, (um estupro sofrido por uma garota em S J dos Pinhais – PR), depois já quando escrevia o roteiro, presenciei no trânsito a cem metros da minha casa, uma mulher sendo empurrada para dentro de um carro, (marido inconformado com separação tenta levar mulher a força de volta para casa). O projeto foi aprovado em 2005, porem a verba ainda demorou 3 anos para chegar, tempo suficiente para que eu mesma pudesse experimentar a violência conjugal psicológica, uma das mais injustas, pois não deixa marcas visíveis. E para finalizar, no dia mais delicado de gravação, surge um depoimento de uma assistente social, espectadora do páthos trágico de uma mulher mutilada pelo seu “marido”. Quer mais!
Na antiga Grécia, as tragédias mostravam que nenhuma cidade pode proteger o mortal contra a morte que nele habita.
“No substantivo páthos, no infinitivo pãnthein, é o padecer que se anuncia como condição mortal (...) Páthos é o que sofre, o sofrimento, mas também a experiência que, para os humanos se adquire somente na dor (...) é por ter sofrido que se compreende mas, tarde demais, se é verdade que a revelação só ocorre no fundo do desastre”. (LORAUX, 1992, P. 27) E começamos a nos perguntar, quem tira proveito do páthos trágico?
O espectador talvez!
É com este olhar e com esta preocupação que penso na arte como forma de exposição do páthos, recortando e emoldurando o que a sociedade tem recebido banalmente pelos noticiários.
Agradeço a imensa contribuição de todos! Somos a Equipe Da Janela, na busca de apresentar ao espectador uma forma sensível e cuidadosa desta triste realidade.
Será maravilhoso assistirmos a finalização desta “arte relacional” que juntou diversas pessoas, cada qual com sua participação, compondo uma narrativa dolorosa, porem poética.
Adorei trabalhar com todos vocês, não vamos nos perder, por favor!
Giovana Zimermann
Comentários
um afetuoso abraço ,
virgínia fulber ( além mar peixe voador )