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Mostrando postagens de setembro, 2008

DA JANELA

Marcos Santin Ator "Da Janela", título da obra que insinua seu propósito. Fazer parte deste projeto muito me orgulha como ator, como homem social, como simples homem e homem simples. Desde sempre todos nós vimos, ouvimos ou vivemos algum dos milhares de tipos de violências à mulher, seja na rua, na escola, no televisor, no cinema. Tanto já foi dito sobre, que a ferida parece ser habitual e para alguns, infelizmente, aceitável. Dá-se a impressão que a violência contra a mulher, para deixar de ser socialmente banalizada é necessário que se sinta na pele, ou melhor, que alguém sinta na pele. Enquanto isto não acontecer, a "fulana" ou a "cicrana" que apanha ou se submete, nada passa de um acontecido da janela. Pensar que cada um tem seu fardo, sua estória e que colhe o que se planta não é de todo errado, não podemos culpar inocentes ou assumir crimes alheios. Entretanto, diante do meio "social" e da afirmativa sapiens sapiens, calar-se e fingir que

A MARCA DA MALDADE

A MARCA DA MALDADE (depoimento de um membro da equipe Da Janela) Não é título de filme, foi real, tão real quanto aquilo que um dia me obrigou a esquecer de mim. Transgredir o corpo, deixando nele, apenas marcas de tristeza, solidão, culpa, desespero e vergonha. Tão baixo, tão vil, tão sujo. O inferno subiu à terra, os anjos desapareceram e o céu sempre nublado. Ai! (alívio), acabou mais um dia. Ai! (dor), iniciou outro. Porque, por que, porquês... Quando? Não sei... Um grito sufocado rasga a alma. Um pedido de socorro à Dona Morte. Tem alguém me seguindo, tem alguém me destruindo E ninguém acredita em mim, nem eu mesma. Quem foi que trancou a porta, jogou num labirinto e botou fogo no mapa? Ai! (longo suspiro), a maldade não é minha. Desculpa, mas este presente não vou aceitar. Muito obrigada, por nada. Longe de mim, sempre e até nunca mais! Deixou de existir. Não foi nada, foi tudo.

DEPOIMENTO DE ATORES

Elianne Carpes Atriz e preparadora dos atores do filme “Da Janela” Insight após ensaio Um roteiro. Uma mulher apenas observa. Um homem observa outra mulher e a agride. Uma mulher é observada - e agredida. Outro homem se nega a observar sua mulher e a agride. Uma mulher é agredida pelo seu homem. Uma reflexão. Para além do jogo de palavras, a tentativa de encontrar o fio condutor que liga histórias paralelas, recorrentes, intrigantes, nos move. Uma prática. Atores a postos, vamos do lúdico ao visceral, ora assumindo fantasias, levantando escudos; ora derrubando ficções, pudores. Um desejo. Que pela 'Janela' lembremos da leveza e da força como átomos de vida. E jamais nos esqueçamos da serenidade como estrada. Evoé! Luiz Cláudio Leite Ator Esse trabalho está me fazendo refletir sobre os diversos tipos de relacionamentos existentes. Fico pensando como um homem pode agredir uma mulher a quem um dia disse que amava, desejava, e de uma hora para outra como se nada tivesse acontecido

VIDEO TESTE

VIDEO Durante a produção do filme Da Janela, foram feitos alguns testes, para perceber a plasticidade destas imagens que a principio foram pensadas a partir da memória. O vídeo anexo é uma destas experiências EXT – NOTURNO CHUVA – CENTRO FLORIANÓPOLIS/ CREDITOS 1.1 Câmera subjetiva, PM É possível observar a cidade através do vidro molhado. Vemos imagens difusas porque chove e o limpador de pára-brisa está ligado, mesmo assim é possível ver luzes vultos.

ENSAIO

DIREÇÃO DE ATORES: SEBASTIÃO BRAGA PREPARAÇÃO DE ATORES: ELIANNE CARPES ELENCO: ELIANNE CARPES, MARTA CESAR, LUIZ CLAUDIO LEITE, MARCOS JOSÉ SANTIN, NOARA QUINTANA.

STORYBOARD

Storyboard é um roteiro desenhado, uma etapa importante na visualização da cena, um desenho-ferramenta, que acompanha a produção de um filme. Nos auxiliou na visualização na decupagem, onde discutimos a seqüência dos planos, os ângulos, o ritmo e a lógica do filme; Será importante também para orienta toda a produção: direção de arte e fotografia. O fragmento de storyboard anexo, mostra parte do roteiro original, uma cenas de violência doméstica que irá se contrapor a uma cena de festividade.

SINOPSE E ABORDAGEM

SINOPSE Fotógrafa pesquisa a violência contra a mulher através da janela de sua casa ou carro, seu “olho câmera” registra tudo. Os planos se cruzam, criando um universo onírico composto de cenas de violência simultâneas a cenas de uma festa, propiciando a reflexão de que ao mesmo tempo em que o espectador assiste ao filme, muitas mulheres anônimas são expostas à violência. Índices apontam que, no Brasil, a cada 4 minutos, uma mulher é agredida. ABORDAGEM DO TEMA Trata-se de uma composição inicialmente autobiográfica, na qual a diretora, que é artista plástica e trabalha com fotografia, escreve sobre a violência contra a mulher, motivada por um episodio verídico de estupro que lhe foi relatado, entre outros relatos que entrou em contato pelos jornais e no Presídio Feminino de Florianópolis, quando realizava um projeto intitulado: “Escreva a frase que te liberta” 2004. Ao passar do tempo, em favor de sua poética, o roteiro foi adquirindo um corpo ficcional, especialmente por desej