Pular para o conteúdo principal

A MARCA DA MALDADE


A MARCA DA MALDADE (depoimento de um membro da equipe Da Janela)

Não é título de filme, foi real, tão real quanto aquilo que um dia me obrigou a esquecer de mim.
Transgredir o corpo, deixando nele, apenas marcas de tristeza, solidão, culpa, desespero e vergonha.
Tão baixo, tão vil, tão sujo.
O inferno subiu à terra, os anjos desapareceram e o céu sempre nublado.
Ai! (alívio), acabou mais um dia.
Ai! (dor), iniciou outro.
Porque, por que, porquês...
Quando? Não sei...
Um grito sufocado rasga a alma.
Um pedido de socorro à Dona Morte.
Tem alguém me seguindo, tem alguém me destruindo
E ninguém acredita em mim, nem eu mesma.
Quem foi que trancou a porta, jogou num labirinto e botou fogo no mapa?
Ai! (longo suspiro), a maldade não é minha.
Desculpa, mas este presente não vou aceitar.
Muito obrigada, por nada.
Longe de mim, sempre e até nunca mais!
Deixou de existir.
Não foi nada, foi tudo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LOCAÇÃO

CONSULTÓRIO LETRAS DA CLINICA: LOCAÇÃO CEDIDA POR ROSI, BEATRIZ E MARIANA AO CURTA “DA JANELA” Giovana Tenho acompanhado a construção do filme pelo blog. Adorei o roteiro! A história é ótima e o tema muito importante. Fico contente que a janela do consultório possa dar lugar a estas outras narrativas. Trata-se de um lugar muito especial para mim, no qual tantas histórias são narradas, onde o traumático de alguma forma ganha uma possibilidade de representação, uma saída do mutismo muitas vezes imposto pela própria condição da situação violenta e traumática. Desejo um bom trabalho a todos amanhã! Beijos,Beatriz Querida Giovana Fico contente em ver o trabalho se construindo e, de alguma forma, estamos fazendo parte dele. Com carinho Rosi

NEURÉTICA (Kant com Sade)

Giovana Obrigada pelas palavras - em especial o recorte sobre o Pathos [1] veio muito a calhar com o que ando pesquisando. Estou escrevendo o projeto para o doutorado sobre Literatura e Pulsão de Morte (essa força interna que nos leva para a destruição e para a finitude, mas que é tb o q possibilita a vida). Um tempo atrás, no grupo Escrita e Psicanálise, quando estudávamos o seminário da Ética de Lacan (onde ele fala das tragédias gregas), escrevi um textinho que agora compartilho com vc: Kant com Sade – sobre “neurética” Não cessa de não se calar em mim a interrogação sobre os olhares possíveis para o sofrimento – ou seria para o sofredor? Dependendo do olhar (ou melhor, do sujeito que olha) vê-se um herói, um masoquista, um miserável e/ou o belo. Que relação existe entre a vítima, o belo e o sofrimento? Existe tudo isso sem a lei? Existe vítima sem carrasco? Existe prazer e gozo no sofrimento? E no fazer sofrer? Mas, afinal, o que é o sofrimento? Parece que a escrita tem uma relaçã...