Pular para o conteúdo principal

A MARCA DA MALDADE


A MARCA DA MALDADE (depoimento de um membro da equipe Da Janela)

Não é título de filme, foi real, tão real quanto aquilo que um dia me obrigou a esquecer de mim.
Transgredir o corpo, deixando nele, apenas marcas de tristeza, solidão, culpa, desespero e vergonha.
Tão baixo, tão vil, tão sujo.
O inferno subiu à terra, os anjos desapareceram e o céu sempre nublado.
Ai! (alívio), acabou mais um dia.
Ai! (dor), iniciou outro.
Porque, por que, porquês...
Quando? Não sei...
Um grito sufocado rasga a alma.
Um pedido de socorro à Dona Morte.
Tem alguém me seguindo, tem alguém me destruindo
E ninguém acredita em mim, nem eu mesma.
Quem foi que trancou a porta, jogou num labirinto e botou fogo no mapa?
Ai! (longo suspiro), a maldade não é minha.
Desculpa, mas este presente não vou aceitar.
Muito obrigada, por nada.
Longe de mim, sempre e até nunca mais!
Deixou de existir.
Não foi nada, foi tudo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LOCAÇÃO

CONSULTÓRIO LETRAS DA CLINICA: LOCAÇÃO CEDIDA POR ROSI, BEATRIZ E MARIANA AO CURTA “DA JANELA” Giovana Tenho acompanhado a construção do filme pelo blog. Adorei o roteiro! A história é ótima e o tema muito importante. Fico contente que a janela do consultório possa dar lugar a estas outras narrativas. Trata-se de um lugar muito especial para mim, no qual tantas histórias são narradas, onde o traumático de alguma forma ganha uma possibilidade de representação, uma saída do mutismo muitas vezes imposto pela própria condição da situação violenta e traumática. Desejo um bom trabalho a todos amanhã! Beijos,Beatriz Querida Giovana Fico contente em ver o trabalho se construindo e, de alguma forma, estamos fazendo parte dele. Com carinho Rosi

SEMANA FAM

SINOPSE E ABORDAGEM

SINOPSE Fotógrafa pesquisa a violência contra a mulher através da janela de sua casa ou carro, seu “olho câmera” registra tudo. Os planos se cruzam, criando um universo onírico composto de cenas de violência simultâneas a cenas de uma festa, propiciando a reflexão de que ao mesmo tempo em que o espectador assiste ao filme, muitas mulheres anônimas são expostas à violência. Índices apontam que, no Brasil, a cada 4 minutos, uma mulher é agredida. ABORDAGEM DO TEMA Trata-se de uma composição inicialmente autobiográfica, na qual a diretora, que é artista plástica e trabalha com fotografia, escreve sobre a violência contra a mulher, motivada por um episodio verídico de estupro que lhe foi relatado, entre outros relatos que entrou em contato pelos jornais e no Presídio Feminino de Florianópolis, quando realizava um projeto intitulado: “Escreva a frase que te liberta” 2004. Ao passar do tempo, em favor de sua poética, o roteiro foi adquirindo um corpo ficcional, especialmente por desej...